CUIDADOS COM O AR-CONDICIONADO - HIGIENIZAÇÃO
Quando os aparelhos de ar-condicionado
em imóveis ou veículos não são limpos adequadamente, as pessoas podem estar
respirando fungos, ácaros, vírus e bactérias. Esses micro-organismos, que são
invisíveis, ficam suspensos no ar e podem se acumular nos filtros dos
aparelhos.
Quem respira o ar sujo pode ter
crises de rinite, sinusite, asma, bronquite e até contrair doenças graves, como
pneumonia. Para evitar problemas, o cuidado com a higienização é fundamental.
A Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) exige testes periódicos nos aparelhos de ar em locais
públicos, que devem ser feitos pela vigilância sanitária dos municípios para
comprovar que o ar não está contaminado.
A manutenção dos
aparelhos é essencial, mas o principal mesmo é a higienização perfeita dos
filtros e bandejas internas, essenciais para não obstruir a circulação do ar,
eliminar odores desagradáveis e impedir a proliferação de micro-organismos
nocivos à saúde.
Limpar o filtro é
muito importante para manter a eficácia do aparelho, além de evitar a
propagação de bactérias que desencadeiam reações alérgicas em pessoas
sensíveis, por isso é ideal a limpeza bimestral, entretanto se o ambiente for
muito empoeirado, deve-se fazer semanalmente.
Para limpar e
desobstruir os filtros não-descartáveis pode-se usar água e detergente neutro,
tomando-se, porém, o cuidado de só reinstalá-los quando estiverem secos.
Os dutos de ventilação e os reservatórios de água
necessitam de rigorosa limpeza periódica. Em prédios com instalações centrais,
a situação pode se agravar. Os hospitais não fogem à esta regra e, até mesmo os
de primeira linha enfrentam problemas de contaminação pela insuficiência de
manutenção e higienização adequadas.
Existe uma bactéria chamada Legionella
pneumophila que habita os sistemas de reservatório de água de ar-condicionado
central e que pode ser disseminada pelos ambientes por meio dos dutos. A
mortalidade de pessoas acometidas por este tipo de pneumonia, mesmo com tratamento, é
superior a 20% dos casos adquiridos na comunidade e até 50% quando em
hospitais.
A infeção por Legionella pneumophila
surge após cerca de 5 a 6 dias do contato com a bactéria. O principal sintoma
é a febre mas também pode estar presente a tosse, calafrios,
dores musculares, assim como dificuldades respiratória, vômitos e
diarreia.
Vale lembrar que o aparelho de ar condicionado sem higienização
também pode ser colonizado por fungos, os quais, disseminados, levam a quadros
alérgicos.
Na forma menos grave pode provocar sintomas
inespecíficos: irritação nas mucosas do nariz, da laringe ou olhos, chiado e
tosse, tontura, dor de cabeça, letargia ou irritabilidade.
Na forma grave pode levar a pneumonia de
hipersensibilidade, possivelmente irreversível, que prejudica a capacidade
pulmonar de captar oxigênio. A pneumonia de hipersensibilidade é uma doença de
natureza imunológica secundária à inalação crônica de poeiras orgânicas ou
químicas. Portanto, a manutenção do equipamento de ar-condicionado deve ser
periódica e criteriosa.
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